quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Conferência Nacional de Saúde diz não às comunidades terapêuticas

Conferência Nacional de Saúde diz não às comunidades terapêuticas


             Texto Extraído do Site do CRP-MG
 A 14ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), com o apoio do Conselho Federal de Psicologia (CFP) foi realizada do dia 30 de novembro ao dia 04 de dezembro de 2011 no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O objetivo foi a aprovação da Emenda Constitucional 29, que assegura recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde e se opõe à privatização do SUS.
Dentre as deliberações da CNS, a inclusão das comunidades terapêuticas no SUS e a internação compulsória de pessoas que usam drogas foram rejeitadas. Representantes do CFP e, também, entidades da sociedade civil negaram o repasse de dinheiro público para as comunidades terapêuticas, o que foi considerado uma vitória cujos responsáveis são os psicólogos, psicólogas, gestores e várias entidades comprometidas com a reforma psiquiátrica que lutam por uma sociedade sem manicômios.
Durante o manifesto, foi lançada a campanha “30 horas é o limite” para os profissionais da saúde. O Conselho Federal de Psicologia montou um estande apresentando e distribuindo suas publicações, além de contar com as intervenções teatrais do grupo Esquadrão da Vida, que através de arte circense e da música, passava uma mensagem contra a internação compulsória em todos os setores da conferência. A tenda Paulo Freire foi um espaço democrático para discussões em torno das questões relacionadas à gestão do SUS, a cidadania, inclusão social, direitos humanos e educação. A conferência dedicou uma tenda para exposição de artesanatos de diferentes regiões e livros.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ensaio: “Valor, Ética e Moral, cristãs e modernas”


 Ensaio: “Valor, Ética e Moral Cristãs e Modernas”

Por: Almir Melo



Atualmente tem sido muito difícil de ser um verdadeiro cristão. O mundo cristão é amparado na idéia de ajuda ao próximo e solidadriedade, visto que esse seria um dos ensinamento de Jesus. Ser solidário é condição fundamental para o seguimento do ensinamentos de Jesus, já que em sua vida na Terra, ele nada mais foi que uma personificação da bondade, do perdão, da humildade, do sentimento verdadeiro pelo próximo. Esse preceito, nos vale no sentido de dizer que devemos ser uma tentativa incessante de ser Jesus, de seguir seus passos na Terra.
Mas será possível alguém ser esse ser na sociedade moderna? A resposta definitivamente seria: “pouco provável”. Como alguém pode pensar no próximo em uma sociedade que valoriza incessantemente o individualismo, e que nos passa a ideologia do “cada um por si e Deus por todos?”. Esse sujeito autônomo da modernidade em nada se parece com àquele sujeito coletivo da Idade Média, num tempo onde se pensava primeiramente no bem de todos, antes de se pensar no bem individual. Descartes, já considerava a idéia de que a verdade esta dentro de cada um, “penso logo existo”, é uma maneira de dizer que a verdade não pode ser encontrada em outro lugar além de si mesmo, e isso fundamenta a idéia de que “não preciso mais do outro, possuo a verdade dentro de mim”. Isso, junto com o contexto social da época (séc. XIX), fomentou a construção desse ser antropocêntrico que agora se acha o centro do mundo. Ser verdadeiramente cristão se torna cada vez mais improvável, já que nada mais é sagrado, o mundo não é mais sagrado, a Natureza não é mais sagrada, e tudo passa a ser um mero instrumento de controle do Homem, que para se encher de poder, passa por cima de tudo e de todos, competindo cada vez mais e mais.
E apesar de toda essa “tragédia” da modernidade, ainda sim temos a utopia de que um dia a sociedade vai se tornar justa, séria, solidária, fraterna; ora, isso sim é que é utopia, pois estamos caminhando no sentido contrário dessa via e nos afastando cada vez mais desse objetivo. O importante dessa utopia é que ela de certa forma sustenta a sociedade enquanto objetivo de ser, mesmo sabendo da impossibilidade de algum dia sermos isso tudo.
Enfim, todos pensamos que somos cristãos verdadeiros, mas na verdade, nós matamos o Jesus há muito tempo e não sabemos mais como agir e, ao invés de nos fiarmos nele como referencial, nós nos apegamos à razão cartesiana e às dourinas das religiões, e deixamos de fazer o que mais pensamos que fazemos, que é pensar por si próprio, para seguirmos modelos que em si, nada tem de valor espiritual. Seguir doutrinas de Igrejas não é seguir Jesus, pois muito pouco do que ele pregava é efetivamente o que lá se pede. Valor, Ética e Moral, são criações humanas e que em si não tem sentido nenhum, e que servem apenas de controle social, e devem ser seguidas com cuidado e observadas atentamente.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Jornada de Trabalho 30 Horas para Psicólogo

Luta pela Jornada de Trabalho de 30 horas para Psicólogo


                Oi pessoal, 
             Como vocês já devem estar sabendo, o projeto de Lei que regulamenta a Jornada de Trabalho do Psicólogo em 30 Horas está tramitando na Câmara dos Deputados. O projeto já foi aprovado pelo Senado em Agosto e agora falta a provação da Câmara. Vamos então nos manifestar e mandar uma mensagem para os deputados reivindicando nossos direitos. Vale lembrar que essa é uma iniciativa do Conselho e só pode manifestar quem já possui CRP.

                Manifeste Aqui!!!!



domingo, 18 de dezembro de 2011

Publicação de Pesquisa


“Órfãos por imposição do Estado” - Hanseníase e as marcas na alma

Texto extraído do Jornal Folha de Betim

Universitários da Puc-Betim recebem menção honrosa ao contar a história dos órfãos da hanseníase.

Eles são cerca de 40 mil brasileiros, têm por volta de 50 anos, estão espalhados pelo País e unidos pela mesma dor: são filhos de pessoas que tiveram hanseníase - doença que antigamente recebia o nome de lepra - e foram privados do convívio com os pais ao nascimento.  
Esses “órfãos de pais vivos” eram enviados para educandários ou preventórios em cestas chamadas “ninhada de leprosos”. Lá cresceram e a maioria nunca conheceu a família biológica. Sabedores dessa história, o estudante de Direito, Thiago Pereira da Silva Flores, e Pautília Paula de Oliveira Campos, de Psicologia, ambos da Puc, unidade Betim, propuseram-se a fazer uma pesquisa multidisciplinar sobre os filhos dos hansenianos, intitulado ÓRFÃOS POR IMPOSIÇÃO DO ESTADO.
O projeto foi apresentado dentro da Puc Minas em 2010 e aprovado no PROBIC (PROGRAMA DE BOLSAS E INICIAÇÃO CIENTIFICA) que vem sendo realizado durante todo o ano de 2011. 
De acordo com Thiago, “tudo começou em Outubro, durante o 19º Seminário de Iniciação Científica da PUC MINAS, que reúne todos os projetos de Pesquisa das unidades da PUC MINAS. Dentro do seminário, fomos premiados como um dos destaques do projeto de pesquisa de 2011. Recebemos uma MENÇÃO HONROSA, o que possibilitou que o trabalho seja publicado na íntegra, no ano de 2012, no livro de destaques da Puc 2011”.
Agora, ele vai ser apresentado no 16º Congresso Nacional de Psicologia Social (ABRAPSO), em Recife, e, no dia 25 de Novembro, no 12º Congresso Brasileiro de Hansenologia, em Maceió.
A realização da pesquisa
O objetivo do projeto é levantar dados relacionados à política de segregação que se estendia aos filhos dos ex-pacientes portadores de hanseníase, analisando se a prática de isolamento compulsório dos pais atingiu ou trouxe algum estigma aos seus filhos, sem que esses fossem portadores da doença. Ele identificou de que forma o envio das crianças para os preventórios, creches, pupileiras e educandários contribuiu para a situação em que vivem nos dias atuais.
Para chegar aos órfãos, foi realizado um levantamento a partir de entrevistas com os filhos dos ex-pacientes de hanseníase. As entrevistas foram obtidas nas colônias localizadas nas cidades de Betim, Ubá, Três Corações e Bambuí.
A pesquisa revelou que os filhos separados dos pais, possuem marcas oriundas do tempo de segregação como cicatrizes físicas, além dos sentimentos de vergonha, tristeza, medo, incapacidade, angústia, constrangimento e culpa, se dizem vitimas do preconceito como é o caso deste entrevistado que relata: “....Pedi papel higiênico para o porteiro, ele me negou. Na minha inocência de criança, me limpei com um caco de vidro. Após 30 anos, todas as vezes que faço força, o corte fica em carne viva...”
Os dados levantados até agora, demonstram que estes filhos, separados dos pais pela política de segregação da Hanseníase, vítimas do “holocausto” brasileiro, que baniu da sociedade milhares de pessoas, deixou mais seqüelas do que a dor da própria doença. “...Eu fui muito discriminado na instituição. Durante o dia misturavam os meninos com idades diferentes e aí que aconteciam as coisas. Era espancamento e estupro, como aconteceu comigo...”

Parabéns Thiago e Pautília!!!!!!!!


Combate ao bullying


Combate ao bullying também tem que ser feito pelos pais, diz psicólogo


O fundador do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar, Augusto Pedra, afirmou há pouco que é necessário desenvolver projetos de orientação básica e de apoio às famílias para não deixar só nas mãos da escola a educação moral das crianças. O especialista participa de audiência pública da Comissão de Educação e Cultura para discutir o combate ao bullying e à violência na escola.
“A escola sozinha não resolve o problema. Trata-se de uma síndrome de maus-tratos repetitivos. O bullying é epidêmico, basta ver a rapidez com que essa praga se espalha pelo País. Temos que contê-la”, disse Augusto Pedra.

Segundo o psicólogo, é preciso definir com precisão o que é o bullying para que professores, família e demais profissionais possam diferenciar os casos de violência sofridos pelos alunos.
“Estamos diante de um problema grave. O bullying é definido como um conjunto de comportamentos agressivos, intencionais, repetitivos, adotados por um ou mais alunos contra um outro, geralmente em desvantagem de poder ou força física, que mobiliza na vítima raiva reprimida, desejo de vingança, dor, humilhação e constrangimento”, explicou Augusto Pedra.
E você o que acha?

Fonte: Uol Notícias

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Adiada a Votação da Lei do Ato Médico



Pois é galera, enquanto estamos dormindo, a Lei do Ato Médico continua em pauta, o que trará severos problemas para a prática da Psicologia se for aprovada. Temos que nos unir e dizer NÃO!




Texto extraído do Site do CRP-MG


PL do Ato Médico: votação na CCJ adiada para a próxima semana


"A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado decidiu adiar para a próxima semana o exame de substitutivo da Câmara ao PLS 268/02, que dispõe sobre o chamado Ato Médico. O relator, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), tentou apresentar seu parecer, mas foi impedido por questionamento do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) sobre a impossibilidade de se discutir e votar uma matéria inserida de véspera na pauta.

Os senadores Marta Suplicy (PT-SP) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) haviam solicitado vistas do PL pouco antes. A reunião foi realizada na quarta-feira, 14/12.

A presidenta da Federação Nacional dos Psicólogos, Fernanda Magano, acompanhou a seção. “Precisamos intensificar a mobilização de psicólogas e psicólogos contra o PL do Ato Médico, para impedir que seja votado esse ano pela CCJ, pois não há consenso sobre o PL entre as profissões da Saúde”, avalia.

A proposta regulamenta o exercício da Medicina e as atividades que são privativas do médico. De acordo com o substitutivo da Câmara, cabe exclusivamente a esse profissional, por exemplo, a formulação de diagnóstico e a respectiva prescrição terapêutica.

Também é privativa do médico, pela proposta, a indicação e a execução de procedimentos invasivos, sejam diagnósticos, terapêuticos ou estéticos, incluindo os acessos vasculares profundos, as biópsias e as endoscopias, entre outras quinze atribuições."

Entenda a Lei do Ato médico: Clique aqui

Diga não ao Ato Médico: Manifeste Aqui!

Entenda mais sobre o tema: O Ato Médico e Suas Implicações

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Leitura

Ei galera, 

Estou começando a ler o livro "Sobre o Behaviorismo" de Skinner e logo postarei comentários sobre os pontos mais interessantes dessa leitura. 
Vamos criar um local de discussão do texto!!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Bem vindos

Olá pessoal,
Sejam todos bem vindos à minha nova empreitada: vamos contruir um Núcleo de Análise do Comportamento na região de BH! Isso, mesmo. Pode parecer algo muito ambicioso, mas temos que começar de alguma forma, não é mesmo? Bem, espero que muita gente participe do nosso blog e que mandem suas idéias, textos, fotos, críticas e novidades para que possamos construir juntos um novo espaço de contrução da Psicologia.
Um grande abraço!
Almir Melo

Manifesto

Manifesto
   
    Olá para todos. Estou aqui para dizer algumas palavras que são resultado de alguns pensamentos meus, e que não posso mais guardar para mim. Peço a todos que me escutem, e ao mesmo tempo, peço que pensem. Estou aqui para fazer um manifesto! Manifesto contra ou a favor de quê, vocês se perguntam. Um manifesto contra o marasmo, um manifesto a favor da inquietude. Vocês já pararam pra pensar o quanto reproduzimos práticas que nem mesmo sabemos porque as fazemos? Pois é senhores, eu pensei.
    Pense nas religiões. Porque os cristãos pensam que só eles estão certos quanto a Deus, e que só eles herdarão o reino do céus? Pois é, eles pensam. Então  dois terços  da humanidade não está apta para conhecer a glória de Deus?  Caramba! Muita gente então vai morrer! Peraí, se Deus disse que ninguém vai morrer sem antes conhecer a sua Palavra, então o mundo tá longe de acabar, pois essa gente toda tem que ser evangelizada ainda. Pobres Maias, estavam errados... e ainda foram pro inferno. Viva, o mundo não acaba em 2012! Ainda vou poder conhecer Dubai! Não sou cristão, não sou judeu, não sou espírita, não sou islamita, budista e nem zoroastrista. Sou tudo e nada.
    Interessante essa dialética do tudo e do nada. O não ser do que é! Muito louco isso, pois estou aqui querendo dizer para vocês não aceitarem sem pensar muito bem no que está instituído. Então, se o que digo para vocês se se tornar uma prática instituída, logo estou falando exatamente contra o que estou falando a favor!!! Nossa, a dialética é bem louca mesmo! É ao mesmo tempo o que não é! Vou antecipar o pensamento e vou logo dizendo, se minhas ideias se tornarem práticas instituídas, e se o que estou fazendo aqui exercer algum efeito e vocês começarem a reproduzir o que penso, então deixo logo um outro manifesto: libertem se de mim!!!!!!!
    Interessante o poder. Alguns dizem que é quando uma pessoa pode dominar outra, ou outras. Outras pessoas dizem que o poder não é, ele está, está na fala, no discurso. Alguns também afirmam que o poder é potência de ação. Caramba, quanta coisa pode-se dizer que é o poder! Sabe o que eu acho? O poder é tudo isso, o poder é plural, o poder é o que move a humanidade, é o desejo freudiano, é o Dasein fenomenológico, é o reforço comportamental, é o tônus vital da psicomotricidade. Resta então sabermos o que fazemos com o  poder. Acredito piamente que todos nós estamos em uma condição de poder e ao mesmo tempo estamos submetidos a ele. Olha a velha dialética aí de novo... fala sério. É aquela questão do comportamento governado por regras, da teoria comportamental. Vivemos sob regras que governam o nosso comportamento, e essas regras são aprendidas em nossa história de vida, através das pessoas com as quais convivemos. Ora, se não podemos viver sem ser controlado por regras, ao menos podemos então escolher sob quais regras vamos viver! Volto então àquela primeira questão, você já questionou algum dia sobre quais  as regras você se submete? Já questionou qual o poder que é exercido sobre você? Eu sei que é difícil, pois nem sempre o poder está claro.
    Claro está para vocês o poder que exerço nesse momento: estou falando e vocês estão ouvindo, a atenção de vocês estão voltadas para mim, mas a minha atenção não está voltada para vocês. Então silêncio e me escutem direitinho, caladinhos! Chato isso né? Pois é, mas o mundo diz isso pra gente o tempo todo. Nos mandam calar a boca, ouvir e fazer exatamente o que as práticas de boa vizinhança requerem.
    Não entendo o conceito de liberdade. Quando dizem que o ser humano está condenado a ser livre, ele já não é mais livre, pois a própria liberdade já lhe é imposta! Fato: nós não somos livres. Até mesmo porque, se fôssemos, e fizéssemos tudo o que viesse em nossa cabeça, em algum momento estaríamos restringindo a liberdade do outro, pois nem sempre o que é bom pra mim é bom pra você não é mesmo? Questiono também o que dizem ser a verdade. Não gosto da verdade. Sinto muito senhoras e senhores, mas a verdade não existe. Concordo com Maturana, as coisas só existem sob o ponto de vista de um observador. A verdade é individual, cada um tem a sua. Ora, então por definição não é verdade!
    Enfim senhoras e senhores, o mundo é assim: não vai acabar em 2012, a verdade não existe, os evangélicos têm muito trabalho a fazer, não somos livres e o poder está sempre aí. Estamos sim, vivendo em uma Sociedade de Controle, loucos para consumir. Essas são minhas ideias, e digo à vocês: libertem-se de si mesmos!

    Almir Melo